Apelo do Presidente do CELAM pelo Dia Internacional dos Povos Indígenas

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Indigenas Foto: Vatican News

O Arcebispo de Trujillo, no Peru, Dom Miguel Cabrejos, e Presidente da Conferência Episcopal do Peru e do Celam: "é preciso gerar espaços de respeito e diálogo com nossos irmãos indígenas”.

O Arcebispo de Trujillo, no Peru, Dom Miguel Cabrejos, e Presidente da Conferência Episcopal do Peru e Presidente do Celam – Conselho Episcopal Latino-americano – fez um premente apelo por ocasião do Dia Internacional dos Povos Indígenas, comemorado nesta sexta-feira (09/8).

A ONU celebra esta data em 9 de agosto, que este ano é dedicado às “Línguas indígenas”. O objetivo é reconhecer as comunidades indígenas - suas tradições, valores, idiomas e costumes – e contribuir para o fortalecimento das suas culturas.

Segundo as Nações Unidas, os Povos indígenas representam uma grande diversidade: são mais de 5.000 grupos diferentes, em cerca de 90 países, e falam cerca de 7.000 idiomas no mundo. Estes povos representam 370 milhões pessoas, ou seja, mais de 5% da população mundial. Mas, infelizmente, estão entre as populações mais desfavorecidas e vulneráveis do globo, representando 15% dos mais pobres.

A caminho do Sínodo

Neste âmbito, Dom Miguel Cabrejos dirige sua atenção particular aos irmãos indígenas, pelos quais faz um apelo a “ter maior respeito e diálogo para salvaguardar sua cultura, tradições, idiomas e direitos”.

O Arcebispo afirma que sua preocupação “tem uma relevância particular, sobretudo em vista do iminente Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia”, que se realizará no Vaticano, no próximo mês de outubro, na presença do Santo Padre.

“Solidários com o Sínodo Pan-amazônico, que terá como tema “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”, o Presidente do Celam recorda “a importância de dar maior destaque às comunidades autóctones, especialmente às que vivem na bacia amazônica, - ponte entre as culturas nativas e o mundo de hoje, - que devem ser respeitadas e valorizadas”.

Inter-culturalidade

Com efeito, o Arcebispo Cabrejos frisa que este é um processo permanente de inter-culturalidade, associado a outro elemento essencial: a responsabilidade. Aqui recorda o tuíte lançado pelo Papa, nesta sexta-feira (09/8): “Os povos indígenas, com sua variedade de línguas, culturas, tradições e conhecimentos ancestrais, recordam-nos que todos somos responsáveis pelo cuidado da criação que Deus nos confiou”.

Idiomas indígenas

Enfim, o Presidente do Celam, Dom Miguel Cabrejos, recorda que o Dia dos Povos Indígenas (09/8) foi uma edição dedicada aos idiomas dos Povos indígenas, herança da humanidade. Esta data tem o intuito de divulgar as tradições, valores, idiomas e costumes das comunidades autóctones; é também uma ocasião para recordar a contribuição que os povos indígenas "deram e dão para o fortalecimento das culturas nacionais".

Região amazônica

Cerca de 450 povos indígenas vivem na bacia Amazônia, um imenso território composto por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e Guiana Francesa. Nesta área de aproximadamente 7,5 milhões de quilômetros quadrados, vivem cerca de 33 milhões de habitantes, dos quais 2 milhões e 800 mil indígenas.

 

fonte: Vatican News